sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Saudade da Vó Amélia


Sempre que meu aniversário se aproxima, me lembro com muita saudade da vó Amélia. Nasci em 11 de setembro e ela no dia 12. Todo ano, ela era a primeira a ligar, logo cedinho: "Bom dia, querida! Feliz aniversário, muitos anos de vida... a vó te ama!".

Em 2007, a Dona Amélia se despediu. Foi uma perda muito dura, nem mesmo consegui chegar perto dela no velório. Assim como eu, ela era virginiana, organizada, gostava de cada coisa em seu lugar e ai de quem mexesse. E a comida, então... hummm, dá água na boca só de lembrar da lasanha deliciosa que ela sempre fazia. "- Vó, faz lasanha domingo?", "- Faço sim, querida!". Aprendi a lavar louça com ela e a fazer bolo (juro que sei fazer!) também. No domingo à tarde, ela sempre fazia bolo. "- Vó, do que é o bolo?", "- É bolo de bolo".

Apesar de todas as dificuldades, nunca vi minha avó triste. Ela sempre estava sorrindo, cozinhando com todo o amor do mundo e recebendo toda a família de braços abertos. Ela estudou até a quarta série, mas era sabida demais.

Sinto saudade de conversar com ela, de ouvi-la contando histórias do passado, de ouvi-la falando do meu avô, o Seu Zito. Saudade é uma coisa engraçada, né?! Quanto mais a gente pensa em alguém, mais a saudade aumenta. A pessoa vai, mas o que ficam são as boas lembranças. E estas são tão valiosas que guardamos dentro do peito com muito amor.

E são coisas tão simples, veja só: quando penso na minha avó, me lembro dela descascando laranja e assistindo o Raul Gil. Tomando café preto com bolacha maizena. Preparando a lasanha que todos nós adorávamos.

Não sei como, mas sinto que ela sempre está perto de mim. Principalmente, quando estou com muita saudade. Vó, adoraria dar um abraço em você, papear, aprender a ser feliz com pouco. Te amo muito e fique bem onde você estiver! :)

Com amor,
Carol Cedano ♥