terça-feira, 17 de março de 2015

Segundo ultrassom

Se teve um sentimento que guiou os dias anteriores a este, foi expectativa. Uma amiga querida, que acabou de ter bebê, me disse que com 10 semanas já era possível ter uma probabilidade do sexo do bebê. Assim que entrei na sala de ultrassom, tratei de perguntar ao médico se essa informação era real. De acordo com ele, não: "o orgão sexual começa a se formar com 11 semanas de gestação. Talvez no próximo exame a gente consiga ter uma noção do que é". Mas, na real, acho que ele estava com preguiça ou com muitos pacientes na sala de espera porque ele chegou ao consultório com 40 minutos de atraso. Pesquisei em alguns sites e o que li é que o orgão sexual começa a se formar com nove semanas (por isso uma outra amiga disse que com nove semanas o médico dela já deu 70% de certeza de que seu bebê era um menino).

Iniciado o ultrassom, desta vez pela barriga, meu bebê estava ali, perfeitinho. Com pouco mais de três centímetros, ele já tem perninhas, bracinhos e deu para ver claramente os dedinhos da mão. A gente ouviu o coração e foram as batidas mais rápidas que já presenciei na vida. Depois de tirar as medidas do feto e também do saco gestacional, o médico pediu para eu ficar quietinha para ver os movimentos. Gente, ele mexeu bracinhos e perninhas como se estivesse dizendo "Ei mamãe, estou aqui!". Foi tão lindo, tão lindo que passei o resto do dia estampando um sorriso bobo no rosto cada vez que me lembrava da cena.

Desta vez, ninguém chorou. Ficamos tão felizes e foi tudo tão rápido que só deu tempo de marejar os olhos. E, com o passar dos dias, os planos vão crescendo, o medo de dar tudo errado vai desaparecendo e o amor só cresce. É tudo tão sutil, tão leve. Não vejo a hora de ter o meu bebê nos braços.

Um beijo!

quarta-feira, 11 de março de 2015

Ter ou não ter, eis a questão


Com nove semanas de gestação, acho que minhas preocupações deveriam se limitar à saúde do bebê, à minha saúde, aos quilos que vou ganhar e coisas nesse sentido. Mas, uma palavra que tem feito parte do meu vocabulário com muita frequência, é parto. Alguns me dizem que ainda não é hora de se preocupar com isso, outros falam que sempre é hora. Cedo ou tarde, quero dividir com vocês que o meu desejo é ter parto natural e sem intervenções médicas (como cortes desnecessários, sorinhos e indução de contrações).

Se você aí do outro lado da tela está pensando que sou louca, cheia de frescuras ou hippie, já vou dizendo que não. Sou apenas uma pessoa normal tentando fugir do sistema cesarista para dar à luz de forma digna e me livrar de violências obstétricas. Talvez, por isso, a palavra parto esteja na minha boca todo santo dia.

No meio de tudo isso, está a ginecologista que já iniciei o pré-natal, meu marido, nossas família e o bebê, é claro. Conversando com pessoas que são a favor do parto humanizado, sempre ouvi que devo fazer o acompanhamento da gestação com profissionais que seguem essa linha de trabalho e agora, rumo à terceira consulta com a minha ginecologista, estou percebendo que isso faz todo sentido. Em nosso último encontro, perguntei à ela sobre o parto e a primeira frase que ouvi foi: "não sou naturalista".

Meu convênio é o Bradesco e o maior desafio é encontrar um médico que atenda por ele e siga a linha dos partos humanizados. Encontrei uma, já marquei consulta e estou rezando para dar tudo certo e rolar uma empatia assim que eu pisar no consultório. Sei que ela cobra o parto à parte e acho isso justo, visto que há partos normais que duram 70h.

Se você quer uma dica, a minha é: informe-se. Só assim você poderá defender o seu ponto de vista e terá argumentos suficientes para dizer não a uma cesárea desnecessária. Ah, não estou aqui dizendo que toda cesárea é desnecessária e que uma mulher que pari seu filho dessa forma não é uma boa mãe. Não! Estou aqui dizendo que se você sonha em ter uma história diferente, você pode ter. É possível.

Por enquanto, vou ficando por aqui cheia de dúvidas e expectativas com relação à nova ginecologista.

Um beijo

domingo, 1 de março de 2015

Sintomas da Gravidez

Oi, aqui é a mamãe e você está com sete semanas! :)
Começou antes mesmo de eu descobrir que estava grávida (acho que é assim mesmo) e eu nem imaginei que poderia ser isso. Foi uma semana inteirinha com muito, mas muito sono durante à tarde. Até brinquei com a amiga do trabalho que eu poderia abaixar a cabeça ali mesmo, na baia, e dormir até o dia seguinte.

Na outra semana, foi a menstruação. Já achei estranho porque ela veio no dia certinho, como um cronômetro. Foi um borrão no primeiro dia, outro borrão no segundo e absolutamente nada no terceiro. Pensei comigo: "estranho, isso nunca aconteceu antes. Será que estou com algum problema sério?". Isso passou pela minha cabeça porque sempre fui desregulada e depois de parar com o anticoncepcional tive que lidar com diversos problemas hormonais, inclusive a falta de sangramento mês após mês. Tinha época que vinha normalmente. Em outro período nem dava as caras.

Depois, durante um café da manhã no domingo, enjoei assim que mordi um pão de queijo. "Ecat, tira isso de perto de mim". Recebemos a família para almoçar em casa e alguém contou pra minha mãe sobre o que tinha acontecido comigo nas últimas semanas. "Carolina, você está grávida!". "Tá doida, mãe? Claro que não!". Enquanto ela não saiu para comprar o teste de farmácia, não sossegou. Assim que os dois tracinhos ficaram ali piscando, ela saiu que nem doida, gritando e festejando a novidade.

No corpo, o seio foi o primeiro a se manifestar. Muito sensível e dolorido, tem dias que não consigo nem encostar. Um simples passar do sabonete durante o banho já arranca gritinhos. A barriga também deu sinais. De um dia para o outro, já não conseguia murchar e a pança que cultivava, agora está à mostra. Estou naquela fase que as pessoas ainda não sabem identificar se é gravidez ou sobrepeso e ficam com vergonha de perguntar ou de oferecer o lugar, por exemplo. Às vezes, me sinto constrangida, mas quem mandou ser gordinha? hehe

Desde que descobri, passei a assimilar os enjoos de manhã e à noite. A sensação de estômago embrulhado é constante e o gosto ruim na boca também. O sono tem me acompanhado, mas como aparece com menos força, tenho conseguido lidar. Vou driblando o estômago com alguns remédios, mas nada muito forte porque a gestação não permite.

Vou dizer que não existe felicidade maior do que saber que aquele estômago ruim é por causa do meu bebê. Meu amor maior.