quarta-feira, 11 de março de 2015

Ter ou não ter, eis a questão


Com nove semanas de gestação, acho que minhas preocupações deveriam se limitar à saúde do bebê, à minha saúde, aos quilos que vou ganhar e coisas nesse sentido. Mas, uma palavra que tem feito parte do meu vocabulário com muita frequência, é parto. Alguns me dizem que ainda não é hora de se preocupar com isso, outros falam que sempre é hora. Cedo ou tarde, quero dividir com vocês que o meu desejo é ter parto natural e sem intervenções médicas (como cortes desnecessários, sorinhos e indução de contrações).

Se você aí do outro lado da tela está pensando que sou louca, cheia de frescuras ou hippie, já vou dizendo que não. Sou apenas uma pessoa normal tentando fugir do sistema cesarista para dar à luz de forma digna e me livrar de violências obstétricas. Talvez, por isso, a palavra parto esteja na minha boca todo santo dia.

No meio de tudo isso, está a ginecologista que já iniciei o pré-natal, meu marido, nossas família e o bebê, é claro. Conversando com pessoas que são a favor do parto humanizado, sempre ouvi que devo fazer o acompanhamento da gestação com profissionais que seguem essa linha de trabalho e agora, rumo à terceira consulta com a minha ginecologista, estou percebendo que isso faz todo sentido. Em nosso último encontro, perguntei à ela sobre o parto e a primeira frase que ouvi foi: "não sou naturalista".

Meu convênio é o Bradesco e o maior desafio é encontrar um médico que atenda por ele e siga a linha dos partos humanizados. Encontrei uma, já marquei consulta e estou rezando para dar tudo certo e rolar uma empatia assim que eu pisar no consultório. Sei que ela cobra o parto à parte e acho isso justo, visto que há partos normais que duram 70h.

Se você quer uma dica, a minha é: informe-se. Só assim você poderá defender o seu ponto de vista e terá argumentos suficientes para dizer não a uma cesárea desnecessária. Ah, não estou aqui dizendo que toda cesárea é desnecessária e que uma mulher que pari seu filho dessa forma não é uma boa mãe. Não! Estou aqui dizendo que se você sonha em ter uma história diferente, você pode ter. É possível.

Por enquanto, vou ficando por aqui cheia de dúvidas e expectativas com relação à nova ginecologista.

Um beijo

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